Sessão Solene Comemorativa do 104ºaniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, Juramento de Bandeira dos Recrutas, Louvores e condecorações - encerraram as comemorações deste ano.
A presença da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, associação geminada com os B.V.Lisbonenses.
Este Domingo, no âmbito das comemorações do 104º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, deu-se cumprimento ao programa, que constava do hastear das bandeiras, entrega do Guião da escola de Recrutas, e inauguração de veículos e equipamento -além de uma Sessão solene que teve lugar no salão da sede.
Formação dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses na romagem ao talhão dos Bombeiros do RSB do cemitério dos Prazeres e ao talhão dos Bombeiros Voluntários da Cidade de Lisboa.
Entrada no cemitério dos Prazeres hoje Sábado de manhã.
Após uma dissidência nos Bombeiros Voluntários de Lisboa, fundou-se em 12 de Dezembro de 1910, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Lisbonenses, tendo como seu primeiro presidente da Assembleia geral, Eduardo Ferreira Pinto Basto, Carlos Vasques Presidente da Direção e Eduardo Augusto Macieira seu primeiro comandante.
O primeiro quartel da nova associação foi instalado na rua das Flores, nº95, uma casa em que antes, haviam estado os Bombeiros Voluntários de Lisboa. O corpo activo dos Lisbonenses era constituído por 39 voluntários que dispunham apenas de um carrinho de mangueiras e uma bomba de caldeira, ambos manuais.Após o falecimento precoce de Eduardo Augusto Macieira, a associação teve um novo impulso pela mão de Guilherme Saraiva Maia, que lhe sucedeu no comando.
A 4 de Janeiro de 1914 a sede foi transferida para a Av.Duque de Loulé nº111 mais tarde com auxílios de donativos, foi construído um edifício na rua Camilo Castelo Branco,nº33, para onde foi mudada a sede em 1920, onde hoje se encontram ainda.
Os Bombeiros Voluntários Lisbonenses foram pioneiros, em Portugal na utilização do meio automóvel no serviço de incêndios – assim em 12 de Dezembro de 1910 entrou ao serviço a primeira “bomba automóvel”, um veículo da marca FERBECK., posteriormente os Lisbonenses compram em Paris um veículo da marca DELAHAYE, cujo custo na altura foi de 33.375$00 – foi o primeiro carro em Portugal, que continha um depósito de água (400 litros) (e era provido de 40 metros de mangueira de borracha rígida sistema adoptado pela primeira vez no país. Trabalhava com 2 ou 4 agulhetas e tinha o débito normal de 60.000 litros hora, aspirando com haste de 7 metros. O dos Lisbonenses, encontra-se no Museu Automóvel do Caramulo em óptimo estado de conservação.
*Excelente foto do Delahay dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses retirada da página de FB dos B.V.Lisbonenses
O pioneirismo dos Bombeiros Lisbonenses
Os Bombeiros Voluntário Lisbonenses
(BVL) foram pioneiros, em Portugal , na utilização do meio automóvel no
serviço de incêndios. Assim aconteceu a 12 de Dezembro de 1910, data
da fundação daquele corpo de bombeiros e também da entrada ao serviço
da primeira "bomba automóvel".
"Tal feito partiu da iniciativa do então chefe de secção Eduardo
Augusto Macieira, que a sua expensa viabilizou a aquisição de um
veículo automóvel, da marca Ferbeck.
O facto gerou grande sensação, noticiando o jornal ACapital,
em primeira página, na sua edição de 24 de Janeiro de 1911, que os
BVL dispunham de uma bomba automóvel, única do género no país.
E informava da acção altruísta de Eduardo Augusto Macieira,
salientando, entre outras qualidades, o apoio material dispensado à
instituição. Por exemplo, refira-se que os Lisbonenses, no fecho de
contas referente ao ano económico de 1911, apresentavam um saldo a favor
daquele bombeiro e benemérito estimado em 5.155$255 réis,
correspondente à "compra de material , instalação de luz, montagem
completa da rede telefónica privada e benfeitorias executadas na sede".
A história regista, aliás, muito justamente, a respeito de Eduardo
Augusto Macieira - nomeado comandante em 29 de Dezembro de 1910 - que
"às suas inegáveis qualidades de trabalhador incansável, ao seu
extraordinário espírito de iniciativa, à sua grande influência pessoal
em vários sectores da vida social e aos seus largos recursos
financeiros se deve, sem dúvida a possibilidade de ter sido realizado o
sonho de alguns entusiastas para a fundação dos Bombeiros Voluntários
Lisbonenses."
Os Bombeiros Voluntários Lisbonenses compraram em Paris em 1911, "uma bomba automóvel marca Delahaye, cujo custo total foi, na origem, de 33.375 francos.
Foi o primeiro carro em Portugal que continha um depósito de água (400 litros) e era provido de 40 metros de mangueira de borracha rígida, sistema adoptado pela primeira vez no País.
Trabalhava com 2 ou 4 agulhetas e tinha o débito normal de 60.000 litros por hora, aspirando com haste de 7 metros.
*Foto do Delahaye de 1913 dos B.V.Lisbonense no Museu do Caramulo de autoria de Conceição Brito
"(...)Este conjunto de sinais se tem evidenciado na Associação Humanitária, talvez devido às suas condições materiais serem mais favoráveis e também à dedicação sempre crescente do seu comandante, o sr. Eduardo Augusto Macieira; bombeiro voluntário há 50 anos, que tem conseguido rodear a corporação; que dirige de todos os meios modernos.
Compreende esta associação 20 bombeiros e 6 maquinistas, efectivos que entre si se acham ligados telefónicamente, a fim de que os seus socorros afluam mais rápidos aos pontos onde se tornem mais necessários.
(...)
Os voluntários de Lisboa têm actualmente apenas um quartel mas já pensam em arranjar outro, n'um dos bairros de Lisboa, medida que deve merecer o aplauso geral.
(...)
Além dos sócios efectivos; conta a Associação Voluntária dos Bombeiros Voluntários 150 sócios protectores."
100 bombeiros, 30 veículos e 2 aviões bombardeiros, têm combatido um incêndio que deflagrou cerca das 13h00, e estende-se por 3 hectares na zona envolvente do Cabo da Roca.
Posteriomente à aquisição do Delahaye dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses, em 26 de Maio de 1927 os Bombeiros Voluntários de Cascais, inauguraram uma nova viatura pronto-socorro, Delahaye de 25 cavalos, com tanque para 500 litros de água e moto-bomba da mesma marca. Recebeu o nome de CASCAES, em homenagem e como agradecimento aos habitantes daquela Vila, q...ue espontânea e generosamente tinham contribuido para a sua aquisição.
*Fonte:"AHBVCascais 125 anos ao serviço da População" de Manuel Eugénio Fernando da Silva
Notas sobre a fundação da AHBVC
"No princípio do ano de 1888 um grande incêndio enlutou o país, destruindo totalmente o Teatro Baquet na cidade do Porto e causando 130 vítimas.
Pareceu então a Joaquim Theotónio Segurado chegado o momento para se fundar uma Corporação de bombeiros voluntários em Cascais, mas ciente que o surgimento de uma nova colectividade na Vila despertaria rivalidades, pensou que essa corporação pudesse ficar agregada à Sociedade Philarmónica Cascaense como uma secção complementar.
Theotónio Segurado juntamente com António Augusto Gomes Vilar, Cacildo Pereira Cardoso, Joaquim Gonçalves Dias, José Maria Cordeiro Castanheira, Manuel Pedro Rodrigues, Nuno Flôr e Valdemiro Jorge de Lima Raposo propuseram à direcção da Colectividade
que fosse aprovada a proposta, o que viria acontecer pelo que todos estes elementos ficaram como sendo os primeiros bombeiros voluntários de Cascais e os seus fundadores.(...)"
Via Página FB dos B.V.C-Aqui
O Corpo de Bombeiros Voluntários de Cascais, desenvolve a sua actividade na freguesia de Cascais, no concelho de Cascais, distrito de Lisboa. Nos 23 Km² que constituem a área de actuação própria, residem cerca de 65.000 habitantes, estando implantadas várias estruturas comerciais e industriais, além de ser atravessada por uma vasta rede viária, como por exemplo a Estrada Marginal a Sul e a Auto Estrada de Cascais a Norte, além da rede ferroviária da Linha de Cascais.
Dívidas levam a pedido de arresto dos helicópteros de combate a incêndios
Por Lusa
A Heliportugal vai pedir em tribunal o arresto da frota da Empresa de Meios Aéreos (EMA), por falta de pagamento dos serviços de manutenção e operação dos helicópteros públicos de combate a incêndios florestais.
A Heliportugal refere, em comunicado, que não recebe pelos serviços desde 2012, ascendendo a dívida a cerca de 14 milhões de euros, a que acresce mais de um milhão de euros em juros. Segundo a empresa, responsável pela manutenção e operação dos três helicópteros ligeiros e pela manutenção dos seis helicópteros Kamov, foi feita uma interpelação à EMA, que se encontra num processo de liquidação, para pagar a dívida.
Como a EMA não respondeu, a Heliportugal vai entregar no tribunal, na próxima semana, uma providência cautelar para que haja apreensão judicial de toda a frota da Empresa de Meios Aéreos - três helicópteros ligeiros e seis Kamov -, adianta a empresa. A Heliportugal justifica o arresto com a liquidação da EMA prevista para Outubro e a inexistência de um plano de liquidação e pagamento a fornecedores.
No comunicado, a empresa considera os atrasos nos pagamentos uma "desconsideração contratual", sublinhando que está a ser "perseguida pelo Ministério da Administração Interna, uma vez que é a única empresa do sector com facturas de 2012 e 2013, por receber". "Além de estar neste momento em causa a operação dos meios aéreos do Estado de combate a incêndios, a negligência está também a custar ao erário público mais de um milhão de euros em juros de mora", acrescenta a empresa.
O processo de liquidação da Empresa de Meios Aéreos deverá estar concluído em Outubro, tendo sido o despacho de extinção publicado em Janeiro. Após o processo de liquidação, a gestão dos meios aéreos que integram o património da EMA passa a ser assumida pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Contacta pela agência Lusa, a ANPC refere que se trata de um assunto da EMA. Adianta, no entanto, que a comissão liquidatária não tem conhecimento do processo de arresto de bens. Segundo a ANPC, integram neste momento o dispositivo de combate a incêndios florestais, quatro helicópteros Kamov, apesar de estar contratualizado um quinto, que se encontra em reparação. O sexto helicóptero está inoperacional desde 2012, quando teve um acidente, no combate a um incêndio florestal.
Kamov em acção no incêndio da Serra de Sintra em 2012
Esta tarde cerca das 16h30, deflagrou um pequeno incêndio numa área ajardinada
de uma habitação particular - prontamente controlado pelos Bombeiros Voluntários de Colares.
Os Bombeiros Voluntários Lisbonenses estiveram presentes por forma a assegurar o socorro neste evento desportivo que decorreu no Estádio do Belenenses e que foi promovido pela Associação de Futebol de Lisboa. No local estão 12 elementos distribuídos estrategicamente pelo recinto, tendo o apoio de 5 viaturas. Em disputa às 18 horas estiveram os 3º e 4º lugares, num desafio entre os Belenenses e o Estoril Praia.
Créditos
Fotos e texto da Página de FB dos B.V.Lisbonenses
Fruto da conjugação de esforços da Direcção,
Comando e Corpo Activo, os Bombeiros Lisboneneses apresentam alguns dos
equipamentos adquiridos recentemente.
Pretende-se com estas aquisições uma melhoria
significativa na prestação do socorro, dando à nossa missão níveis de sucesso
que a todos satisfazem. Aliar a capacidade técnica e operacional dos bombeiros
através da formação inicial e contínua, ao incremento de meios de excelência é,
e será, um dos objectivos a garantir.
Listagem de Equipamentos:
4 DAE (Desfibrilhador Automático Externo);
3 Monitores de Parametros Vitais com Electrocardiografia;
1 Monitor Desfibrilhador LIFEPACK 12;
1 Mala médica com fármacos e medicação;
5 Aspiradores de secreções portáteis;
3 Cadeiras de transporte.
6 Rádios SIRESP (Sistema Integrado das Redes de
Emergência e Segurança de Portugal);
10 Rádios ROB (Rede Operacional de Bombeiros);
5 APS´s (Alarme Pessoal de Segurança);
2 Lanternas recarregáveis;
1 Mala de equipamentos de segurança e comunicações;
1 Arca frigorifica 21 Lt;
30 Conjuntos EPI (Equipamento de Protecção Individual)
para Incêndios estruturais - Calça/Casaco/Botas;
15 Conjuntos EPI (Equipamento de Protecção Individual) de
aproximação - Calça/Casaco/Bota/Luvas;
Hoje
lamentamos o falecimento do nosso colega, recém promovido ao Quadro de
Honra, o Bombeiro de 3ª Justino Gonçalves Santos, após doença.
Os
Bombeiros Voluntários Lisbonenses encontram-se de luto, e manifestam as
respeitosas condolências a toda a família deste Colega e Amigo, que
todos certamente se lembrarão.
Descansa em Paz, Justino!
Homenagem aos Bombeiros Voluntários Lisbonenses no ano do centenário da sua fundação, 2010
(Bisneto de Eduardo Augusto Macieira -1ºComandante da A.H.B.Voluntários Lisbonenses,29-12-1910 a 13-6-1913)